Leitura fluente na partitura
Para finalizar esse
estudo inicial sobre partitura,
a equipe Descomplicando a Música gostaria de deixar algumas dicas para que você
alcance a leitura fluente:
Dicas de treinos para
atingir leitura fluente na partitura
1) Decore bem a
sequência de notas na pauta nos dois sentidos (treine a escala no sentido ascendente e descendente).
2) Faça uma “ficha
modelo” com as notas registradas na clave,
para servir de consulta.
3) Imprima partituras
de domínio público disponíveis na internet, e nomeie as notas de alguns
compassos. Em seguida, confira usando sua “ficha modelo”. No início desse
treino, você pode se concentrar em decorar apenas algumas notas específicas e
ir aumentando gradativamente o número de espaços e linhas decoradas. Cada linha
e espaço bem decorado serve como referência para encontrar as demais notas que
ainda não foram decoradas.
4) Toque no seu
instrumento as notas que você nomeou.
5) Procure associar
as notas da pauta diretamente ao seu instrumento, sem precisar nomear primeiro,
nas localizações precisas. Pratique bastante essa parte.
Como ler Partitura
Quem deseja
conhecer e entender música provavelmente já quis saber como ler partitura, afinal essa é a escrita musical
mais completa que existe. Além disso, quando um músico confessa que não sabe
partitura, geralmente ele acaba perdendo sua reputação, e isso é muito
inconveniente.
O problema é que aprender partitura por meio de livros é muito
complicado, pois as explicações que aparecem por aí são difíceis de assimilar.
Nosso objetivo aqui é acabar com esse problema. É possível sim aprender
partitura, e não é difícil! Vamos explicar tudo agora e mostrar o quanto esse
conhecimento vai te acrescentar de benefícios.
Como ler partitura
na prática
As partituras
registram ideias harmônicas, rítmicas e melódicas. Por isso, ao ler esse
capítulo, você possivelmente recordará do momento em que aprendia o alfabeto.
Assim como você decorou o som de cada letra, também precisará decorar a maneira
como cada nota é representada no papel. Ao final, você estará dominando uma
nova linguagem! Vamos começar:
Pauta da partitura
Pauta é a região onde
escrevemos as notas musicais. Essa
região é formada por linhas e espaços. Cada linha e cada espaço são usados para
representar uma nota musical diferente. Na figura abaixo, você pode ver a
numeração das linhas (1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª).
Repare como existem
5 linhas na pauta. É possível também criarmos mais linhas para alcançarmos
outras oitavas (a primeira nota Dó desse exemplo,
bem como a última nota Lá, estão em linhas extras, também chamadas de “suplementares”).
Falaremos dessas linhas extras logo em seguida, por enquanto apenas observe que
cada linha e espaço são utilizados para representar uma nota diferente em
sequência.
Clave de Sol
Os músicos, ao
longo da história, escolheram posições diferentes para as notas nas linhas das
pautas. E por isso foram inventadas as claves, símbolos que
serviriam para sinalizar a nota e a linha de referência que se adotava. A clave
mais usada para violão, piano e voz é a clave de
Sol. Ela recebeu esse nome porque informa que a nota que estiver sobre a
segunda linha se chamará Sol. Note como o próprio desenho da clave começa na 2º
linha (indicação em vermelho na figura abaixo). Muito bem, agora que você já
sabe onde está o Sol, poderá registrar todas as outras notas seguindo a mesma
lógica que vimos acima:
Obs: Você já deve
ter percebido que a primeira coisa que você tem que saber para ler uma partitura é a sequência de notas, de cor e
salteado, de trás para frente e de frente para trás!
Agora vamos
esclarecer qual é a relação desses pontinhos no papel com o instrumento. Na
figura abaixo, estão representadas as oitavas de um piano comum. Perceba como
cada Dó tem uma posição diferente na pauta, dependendo da oitava em que se
encontra. Utilizaremos um número ao lado da letra C para dizer em qual oitava
ele está:
Obs: Esse Dó central (C4) é o Dó que se localiza bem no
meio do teclado ou piano. Para você se localizar ainda mais, vamos ampliar a
oitava destacada em vermelho (Dó central) e mostrar acorrespondência das
notas do instrumento com o registro na pauta:
No violão, o Dó
central situa-se na terceira casa, quinta corda:
Obs: A partitura
para o violão está deslocada de uma oitava em relação ao piano. Na realidade, o
Dó central do piano corresponde à altura da nota Dó na segunda corda do violão.
Essa definição deslocada foi escolhida para facilitar a escrita, pois se não
fosse assim, a escrita no violão precisaria de muitas linhas suplementares para
representar os acordes mais simples e comuns. O correto para
representar a partitura no violão é colocar o símbolo “8” na clave de Sol,
indicando que a representação está deslocada de um oitava em relação ao dó
central do piano:
Mas nem todos os
escritores colocam esse símbolo, então fique atento ao instrumento em questão
para se localizar corretamente. Continuaremos ensinando como ler partitura no próximo tópico.
Clave de fá
A clave de Fá é utilizada para representar as notas
mais baixas (graves). As oitavas mais graves do piano não tem correspondência na pauta da clave de Sol. É
por essa razão que foi criada essa outra clave. A clave de Fá segue a mesma
lógica da clave
de Sol, só que a localização das notas é um pouco diferente. Aqui, o
símbolo é desenhado a partir da 4º linha e indica que sobre esta linha está a
nota Fá. Note que essa nota fica entre os dois pontos da figura. Sabendo isso,
podemos escrever as demais notas:
Localização das
notas na Clave de Fá
No piano, a
localização das oitavas fica da seguinte forma nessa clave:
Repare que na clave
de Fá existe o mesmo Dó que você viu representado na clave de Sol (Dó central).
É um ponto de encontro!
Como essa clave
mostra as notas mais graves, no piano ela
representa o que você deve tocar com a mão esquerda, enquanto a clave de Sol
mostra o que você deve tocar com a mão direita. Por isso, as partituras para
piano costumam ter duas pautas (uma para cada clave) simultâneas, já que
podemos tocar com as duas mãos ao mesmo tempo.
No violão,
utilizamos somente a clave de Sol. Outros exemplos de instrumentos que utilizam
a clave de Fá são: contrabaixo, violoncelo, fagote e trombone, bem como as
vozes mais graves.
A título de
curiosidade, a clave de Fá também é conhecida
como clave masculina (ou androclave).
Anexos
Notas musicais
Notas musicais são os elementos
mínimos de um som. Quando uma corda vibra, ela movimenta as moléculas de ar ao
seu redor. Essa agitação das moléculas ocorre na mesma frequência de vibração
da corda. O ouvido humano capta essa vibração do ar e a processa atribuindo um
som ao cérebro. Para cada frequência de vibração, o cérebro atribui um
som diferente (uma nota diferente).
Como representar as
notas musicais?
As notas
musicais podem ser identificadas por letras para facilitar a escrita e aumentar
a velocidade de leitura. A notação utilizada é universal, o que facilita a
comunicação com músicos de outros países. Existem 7 letras para representar as
notas musicais. A definição das letras e suas notas correspondentes é a
seguinte:
C –> dó
D –> ré
E –> mi
F –> fá
G –> sol
A –> lá
B –> si (H no alemão)
Existe também
outra representação para as notas musicais, que não depende
de letras. É a famosa partitura. Você já deve ter visto por aí algo parecido
com isto:
Pois bem, isso é
uma representação por partitura. Como ela é bem mais detalhada e completa
(envolve ritmos e tudo o mais), criamos um tópico específico para explicar e
ensinar tudo o que você precisa saber sobre partitura.
Caso esse
seja seu primeiro contato com representações musicais, não se preocupe
tanto com a partitura, procure antes decorar a representação por letras, que é
bem mais simples.
Gostaríamos
de destacar que, futuramente, a escrita de notas
musicais por partitura irá te ajudar muito, portanto não deixe de usufruir de
tudo o que o site Descomplicando a Música tem para oferecer.
Apenas seja criterioso consigo mesmo e avance com calma. Estamos aqui para
facilitar o seu aprendizado, então siga o seu próprio ritmo e aproveite!
.
Oitavas
O que são oitavas?
Provavelmente você já
ouviu falar os termos “uma oitava acima” ou “uma oitava abaixo”. Mas o que significa isso?
Dizer que uma nota está uma oitava acima significa dizer que a nota é a mesma, porém ela
está em uma região mais aguda do instrumento.
Imagine um piano.
Nele, as teclas da esquerda são mais graves do que as teclas da direita. Se
você for apertando as teclas brancas, partindo de dó, da esquerda para a
direita, vai seguir a sequência: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó…continuando
nesse ciclo até terminarem as teclas do piano. Como as notas vão ficando mais
agudas, fica fácil de perceber que o próximo dó será mais agudo que o anterior.
Sempre que se termina um ciclo e a nota volta a ser dó, completa-se uma oitava.
Repare que “si” é o 7º grau de dó (leia o artigo “graus musicais“), fazendo
com que Dó seja o oitavo grau. Por isso o nome “oitava”.
Usamos aqui o exemplo
de Dó, mas isso é válido para qualquer nota, desde que se comece e termine na
mesma nota. Se partíssemos de Ré, fecharíamos uma oitava quando chegássemos à
Ré novamente.
A mesma lógica pode
ser aplicada para uma oitava abaixo, onde o som fica mais grave.
Intervalo de uma
oitava
Como a música
ocidental possui 12 notas (12 semitons), podemos concluir que uma oitava compreende a
distância de seis tons. Confira abaixo como em 6 tons retornamos à nota de
origem:
Apenas a título de
curiosidade, os pianos geralmente possuem cerca de 7 oitavas.
Graus musicais
O que são graus musicais?
Grau musical é uma nomenclatura
criada para ajudar o músico na localização dos intervalos. Provavelmente
você já tenha ouvido falar em “primeiro grau”, “segundo grau”, etc. E talvez
isso tenha soado estranho num primeiro momento. Porém, como vamos ver, essa
terminologia é simples e pode ser muito útil.
Se numerássemos a
escala de Dó maior da seguinte forma: Dó (1º grau), Ré (2º grau), Mi (3º grau),
Fá (4º grau), Sol (5º grau), Lá (6º grau), Si (7º grau), poderíamos dizer para
um amigo, por exemplo: “toque o 5º grau da escala de Dó maior”, e ele saberia
que você está se referindo à nota Sol.
Por isso, acaba
sendo muito útil falar das notas de uma música em termos de graus musicais. A lógica é a mesma que foi
apresentada acima, aplicada a cada nota de interesse. Por exemplo, podemos
construir os graus partindo da nota Ré:
Ré (1º grau), Mi (2º grau), Fá (3º grau), Sol (4º grau), Lá (5º grau), Si (6º
grau), Dó (7º grau).
Então, se alguém
pedisse, digamos, o 3º grau de Ré, você saberia que se trata da nota Fá.
Observe que estamos trabalhando dentro da escala de dó maior nesses exemplos
todos. Isso precisa ser especificado (em qual escala estamos trabalhando).
De uma
maneira prática, para saber a nota que se refere a algum grau basta contar nos dedos as notas partindo da nota
que foi definida como 1º grau. Abaixo seguem alguns exemplos, ainda dentro da
escala de dó maior (tome como exercício):
– Segundo grau de
Mi: Fá
– Quarto grau de Sol: Dó
– Sétimo grau de Si: Lá
*Obs: O primeiro
grau é também chamado de “tônica”.
Mais detalhes sobre
graus musicais
Esses exemplos
foram utilizados apenas para fins didáticos. Na prática, você verá que os graus
são muito utilizados dentro do contexto de campos harmônicos. Você aprenderá
como se situar numa música utilizando graus no artigo “campo harmônico”.
Antes disso, aprenderemos (nos tópicos “diminuta, aumentada e justa” e
“graus musicais – conceito complementar”) outros detalhes importantes sobre
graus.
Escalas musicais
O que são escalas musicais?
Escalas musicais são sequências ordenadas de notas. Por exemplo: dó,
ré, mi, fá, sol, lá, si, dó…repetindo esse ciclo. Nessa escala, começou-se com
a nota dó e foi-se seguindo uma sequência bem definida de intervalos até o
retorno para a nota dó novamente. Essa sequência de distâncias foi: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom…repetindo o ciclo.
Escala maior
Essa
escala que mostramos é chamada de “escala maior”. Poderíamos utilizar essa mesma
sequência (escala maior) começando de uma nota que não fosse dó, por exemplo,
sol. A escala então seria sol, lá, si, dó, ré, mi, fá#, sol… Note como a mesma
lógica foi seguida (tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom). No primeiro
caso, formamos a escala maior de dó. No segundo caso, a escala maior de sol.
Seguindo a mesma lógica podemos montar a escala maior de todas as 12 notas que
conhecemos. Faça isso como exercício e depois confira abaixo. Mostraremos
a escala maior das 7 notas básicas:
Escala menor
A chamada
“escala menor” é
formada a partir da seguinte sequência: tom, semitom, tom, tom, semitom, tom,
tom…repetindo o ciclo.
Vamos
construir então a escala de dó menor. Você já é capaz de construir
essa escala. Basta seguir essa sequência dada começando pela nota dó. Fica
assim:
dó,
ré, ré#, fá, sol, sol#, lá#, dó… repetindo o ciclo.
As
notas ré#, sol# e lá# equivalem, respectivamente, a mib, láb e sib. Poderíamos
reescrever então a sequência acima como:
dó,
ré, mib, fá, sol, láb, sib, dó.
Note
que a escala é absolutamente a mesma; a única diferença é que antes ela estava
escrita com os acidentes sustenidos (#), e agora ela foi escrita com
os acidentes bemóis (b). Geralmente a escala
menor de dó é escrita
da segunda forma e não da primeira. Por quê? Simplesmente porque nela todas as
7 notas apareceram (com ou sem acidentes). No primeiro caso, a nota si não
aparece. Isso muda alguma coisa? Faz diferença? NÃO. Mas nas literaturas você
provavelmente vai encontrar a segunda descrição, pelo motivo mencionado. Na
realidade, a preferência pela segunda descrição tem um sentido mais profundo,
pois facilita a observação das funções harmônicas, mas não se preocupe com isso
agora.
Confira
então as digitações da escala maior e menor:
Escala Dó maior
Escala Dó menor
Obs: No
braço do violão/ guitarra,
para se obter a escala de outra nota (além da nota “dó” que mostramos), basta
deslocar esse mesmo desenho para a nota que se deseja. Experimente testar
fazendo esse mesmo desenho (mesmo shape) da escala maior de dó partindo da nota
Ré. Depois confira as notas geradas comparando com a tabela que mostramos
anteriormente. Isso é ótimo, não? Significa que só precisamos decorar um
desenho para cada escala! No teclado, não temos esse privilégio. Porém, o
teclado apresenta outras inúmeras vantagens facilitadoras. Cada instrumento tem
seus prós e contras!
Qual o motivo das
escalas musicais serem chamadas de maiores e menores?
Ok,
voltando ao assunto, talvez você esteja se perguntando por que raios uma escala
se chama “maior” e a outra “menor”.
Isso
é apenas uma definição. A diferença dessas escalas está no terceiro grau, no
sexto grau e no sétimo grau. Na escala “maior”, esses graus são maiores. Na
escala “menor”, esses graus são menores. Por isso resolveu-se chamar a primeira
escala de “escala maior”, e a segunda de “escala menor”.
Obs: nos
próximos artigos você entenderá bem essa questão dos graus, não se preocupe se
achou estranho esses termos.
Escalas naturais
Como
existem outros tipos de escalas maiores e menores, essas escalas básicas que
acabamos de ver recebem o nome de “escalas naturais”, pois são as mais básicas e
primitivas no estudo de música.
Escala diatônica
As
escalas “maior natural” e “menor natural” também são chamadas de escala
diatônica maior eescala
diatônica menor. O nome
“diatônica”
significa “movimentar-se pela tônica”. Sempre que utilizarmos o termo
“diatônico” ou “nota diatônica”, estamos dizendo que essa nota pertence à
tonalidade natural; ou seja, a nota faz parte de uma escala maior ou menor
natural.
Existem
diversas outras escalas musicais, como veremos em outros tópicos.
Mas a moral é sempre a mesma. Tem-se uma sequência definida de tons e semitons
e, a partir disso, monta-se a escala começando da nota que se desejar. Simples
assim.
Para que servem as
escalas musicais
Ok, tudo
muito legal, muito bonito, mas para que serve cada escala?? onde elas são
utilizadas?! Meu amigo, é aí que mora o segredo! Isso ninguém fala! Você vai
encontrar textos em livros e na internet mostrando diversas escalas, mas duvido
que alguém explique onde aplicar cada uma.
Felizmente,
você está no lugar certo! Organizamos todos os conteúdos aqui do site de maneira
que você consiga ter toda a base necessária para deslanchar esse assunto.
Falaremos de cada escala musicalespecificamente mostrando como
aplicá-las e tudo o mais. Esses segredos não são revelados assim de bandeja em
lugar algum, mas aqui no Descomplicando a Música você vai aprender tudo o que
precisa sem gastar um centavo por isso. Aliás, mesmo pagando por aí,
dificilmente você encontraria material de qualidade sobre esse tema. Acredite.
Não é à toa que tão poucos músicos sabem teoria musical de verdade. Nosso site está tentando derrubar essa
barreira. Aproveite e ajude-nos a melhorar cada vez mais fazendo sua avaliação
sobre os conteúdos (como uma observação sobre esse artigo de escalas
musicais, por
exemplo) e divulgando para seus amigos. Para nosso site crescer e ser ainda
mais útil, precisamos do seu apoio!
- Sustenido
e bemol
- O
que significa sustenido e bemol?
- Na música ocidental, há 12 notas: dó, dó#, ré,
ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá# e si. O símbolo “#” significa sustenido. Dessas 12 notas, 7 delas
recebem um nome específico (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e as demais são
identificadas por um sustenido (#) ou bemol (b) dessas notas, também
chamados de acidentes. Um sustenido, por definição, é a menor distância
entre duas notas na música ocidental, assim como um bemol. A diferença de
nomenclatura (bemol ou sustenido) serve apenas para indicar se estamos nos
referindo a uma nota acima ou abaixo. Por exemplo: Ré bemol é o mesmo que
Dó sustenido. Leia a próxima seção “o que são tons e semitons” para
complementar esse conceito. Abaixo seguem algumas representações e suas
equivalências, para facilitar o entendimento:
- Ré # # = Mi
- Mi b b = Ré
- Mi # = Fá
- Fá b = Mi
- Na prática, não se costuma
usar a escrita (# #) ou (b b) por que é muito mais fácil dizer, por
exemplo, Mi do que Ré ##. Não faz muito sentido usar essa segunda
representação; mostramos aqui apenas para fins de entendimento. Da mesma
forma, não se costuma utilizar a nomenclatura Mi#, nem Si#, por se
tratarem das notas Fá e Dó, respectivamente.
- Se você tiver curiosidade
sobre a matemática que há entre as 12 notas da música ocidental e o que
diferencia uma nota da outra na nossa percepção do cérebro, leia o artigo
Matemática na Música.
- Sustenidos
no piano
- No piano, as teclas
brancas contêm as notas com nome específico (C, D, E, F, G, A, B) e as
teclas pretas contêm os acidentes sustenidos (C#, D#, F#, G#, A#).
- Vamos apresentar no próximo
tópico o conceito de tom e semitom para complementar esse assunto.
- Sustenido
e bemol
- O
que significa sustenido e bemol?
- Na música ocidental, há 12 notas: dó, dó#, ré,
ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá# e si. O símbolo “#” significa sustenido. Dessas 12 notas, 7 delas
recebem um nome específico (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e as demais são
identificadas por um sustenido (#) ou bemol (b) dessas notas, também
chamados de acidentes. Um sustenido, por definição, é a menor distância
entre duas notas na música ocidental, assim como um bemol. A diferença de
nomenclatura (bemol ou sustenido) serve apenas para indicar se estamos nos
referindo a uma nota acima ou abaixo. Por exemplo: Ré bemol é o mesmo que
Dó sustenido. Leia a próxima seção “o que são tons e semitons” para
complementar esse conceito. Abaixo seguem algumas representações e suas
equivalências, para facilitar o entendimento:
- Ré # # = Mi
- Mi b b = Ré
- Mi # = Fá
- Fá b = Mi
- Na prática, não se costuma
usar a escrita (# #) ou (b b) por que é muito mais fácil dizer, por
exemplo, Mi do que Ré ##. Não faz muito sentido usar essa segunda
representação; mostramos aqui apenas para fins de entendimento. Da mesma
forma, não se costuma utilizar a nomenclatura Mi#, nem Si#, por se
tratarem das notas Fá e Dó, respectivamente.
- Se você tiver curiosidade
sobre a matemática que há entre as 12 notas da música ocidental e o que
diferencia uma nota da outra na nossa percepção do cérebro, leia o artigo
Matemática na Música.
- Sustenidos
no piano
- No piano, as teclas
brancas contêm as notas com nome específico (C, D, E, F, G, A, B) e as
teclas pretas contêm os acidentes sustenidos (C#, D#, F#, G#, A#).
- Acorde
- Definição
de acorde
- Um acorde é a união de duas ou mais notas tocadas simultaneamente. Há inúmeras combinações possíveis de se
fazer com notas, resultando nos mais diversos acordes. Então, para facilitar a vida
dos músicos, cada acorde recebe um nome. Esse nome é baseado nas notas
fundamentais que conhecemos (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si).
- Acordes
naturais
- Antes de
aprender como se dá nome aos acordes, é importante
saber que alguns acordes recebem o mesmo nome das notas (dó, ré, mi, fá,
sol, lá, si). São os chamados acordes
naturais. Cada um desses acordes é formado por três notas. E existe uma
regrinha para descobrir quem são essas três notas.
- As notas que
formam os acordes naturais são o primeiro, o terceiro e o quinto graus de suas respectivasescalas.
Mais adiante, iremos aplicar essa regra na prática, para facilitar a
visualização. Antes disso, vale a pena saber que um acorde pode ser maior,
menor ou suspenso.
- Essas
nomenclaturas estão relacionadas com o terceiro grau.
- Acorde
maior
- Para formar os acordes maiores, você usa o terceiro grau
maior.
- Acorde
menor
- Para formar os acordes menores, você usa o terceiro grau
menor.
- Acorde
suspenso
- Quando o
acorde não possui o terceiro grau, ele não pode ser classificado como
maior, nem como menor, recebendo o nome de “suspenso”. Os símbolos
utilizados são os seguintes: “m” para dizer que o acorde é menor e “sus”
para dizer que o acorde é suspenso. Quando não houver nenhum desses
símbolos, significa que o acorde é maior. Veja os exemplos abaixo, utilizando
o acorde de dó:
- Já o quinto
grau, em ambos os casos (acordes maiores ou menores naturais), é a quinta justa.
- Bom, agora que
já aprendemos as regras, vamos formar acordes utilizando esses conceitos.
Pense num acorde que você quer formar. Por exemplo, Dó maior.
- Primeiro grau:
Dó
- Terceiro grau
maior: Mi
- Quinto grau
(quinta justa): Sol
- Portanto, o
acorde de Dó maior é formado pelas notas Dó, Mi e Sol. Basta que você
aperte (ou deixe soar) essas notas no seu instrumento que você terá o
acorde de Dó maior.
- Vamos formar
agora o acorde de Fá menor:
- Primeiro grau:
Fá
- Terceiro grau
menor: Lá bemol
- Quinta justa:
Dó
- Portanto, o
acorde de Fá menor é formado pelas notas Fá, Lá bemol e Dó.
- É assim que se
forma um acorde. Nos próximos
artigos, veremos mais detalhes sobre os tipos de acordes que podemos
montar, além dos acordes naturais básicos que já mostramos.
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