terça-feira, 11 de outubro de 2022

Leitura fluente na partitura

 

Leitura fluente na partitura


Para finalizar esse estudo inicial sobre partitura, a equipe Descomplicando a Música gostaria de deixar algumas dicas para que você alcance a leitura fluente:

Dicas de treinos para atingir leitura fluente na partitura

1) Decore bem a sequência de notas na pauta nos dois sentidos (treine a escala no sentido ascendente e descendente).

2) Faça uma “ficha modelo” com as notas registradas na clave, para servir de consulta.

3) Imprima partituras de domínio público disponíveis na internet, e nomeie as notas de alguns compassos. Em seguida, confira usando sua “ficha modelo”. No início desse treino, você pode se concentrar em decorar apenas algumas notas específicas e ir aumentando gradativamente o número de espaços e linhas decoradas. Cada linha e espaço bem decorado serve como referência para encontrar as demais notas que ainda não foram decoradas.

4) Toque no seu instrumento as notas que você nomeou.

5) Procure associar as notas da pauta diretamente ao seu instrumento, sem precisar nomear primeiro, nas localizações precisas. Pratique bastante essa parte.

 

Como ler Partitura

Quem deseja conhecer e entender música provavelmente já quis saber como ler partitura, afinal essa é a escrita musical mais completa que existe. Além disso, quando um músico confessa que não sabe partitura, geralmente ele acaba perdendo sua reputação, e isso é muito inconveniente.

O problema é que aprender partitura por meio de livros é muito complicado, pois as explicações que aparecem por aí são difíceis de assimilar. Nosso objetivo aqui é acabar com esse problema. É possível sim aprender partitura, e não é difícil! Vamos explicar tudo agora e mostrar o quanto esse conhecimento vai te acrescentar de benefícios.

Como ler partitura na prática

As partituras registram ideias harmônicas, rítmicas e melódicas. Por isso, ao ler esse capítulo, você possivelmente recordará do momento em que aprendia o alfabeto. Assim como você decorou o som de cada letra, também precisará decorar a maneira como cada nota é representada no papel. Ao final, você estará dominando uma nova linguagem! Vamos começar:

Pauta da partitura

Pauta é a região onde escrevemos as notas musicais. Essa região é formada por linhas e espaços. Cada linha e cada espaço são usados para representar uma nota musical diferente. Na figura abaixo, você pode ver a numeração das linhas (1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª).

como ler partitura

Repare como existem 5 linhas na pauta. É possível também criarmos mais linhas para alcançarmos outras oitavas (a primeira nota Dó desse exemplo, bem como a última nota Lá, estão em linhas extras, também chamadas de “suplementares”). Falaremos dessas linhas extras logo em seguida, por enquanto apenas observe que cada linha e espaço são utilizados para representar uma nota diferente em sequência.

Clave de Sol

Os músicos, ao longo da história, escolheram posições diferentes para as notas nas linhas das pautas. E por isso foram inventadas as claves, símbolos que serviriam para sinalizar a nota e a linha de referência que se adotava. A clave mais usada para violão, piano e voz é a clave de Sol. Ela recebeu esse nome porque informa que a nota que estiver sobre a segunda linha se chamará Sol. Note como o próprio desenho da clave começa na 2º linha (indicação em vermelho na figura abaixo). Muito bem, agora que você já sabe onde está o Sol, poderá registrar todas as outras notas seguindo a mesma lógica que vimos acima:

clave de sol

Obs: Você já deve ter percebido que a primeira coisa que você tem que saber para ler uma partitura é a sequência de notas, de cor e salteado, de trás para frente e de frente para trás!

Agora vamos esclarecer qual é a relação desses pontinhos no papel com o instrumento. Na figura abaixo, estão representadas as oitavas de um piano comum. Perceba como cada Dó tem uma posição diferente na pauta, dependendo da oitava em que se encontra. Utilizaremos um número ao lado da letra C para dizer em qual oitava ele está:

do central

Obs: Esse Dó central (C4) é o Dó que se localiza bem no meio do teclado ou piano. Para você se localizar ainda mais, vamos ampliar a oitava destacada em vermelho (Dó central) e mostrar acorrespondência das notas do instrumento com o registro na pauta:

partitura

No violão, o Dó central situa-se na terceira casa, quinta corda:

ler partitura

Obs: A partitura para o violão está deslocada de uma oitava em relação ao piano. Na realidade, o Dó central do piano corresponde à altura da nota Dó na segunda corda do violão. Essa definição deslocada foi escolhida para facilitar a escrita, pois se não fosse assim, a escrita no violão precisaria de muitas linhas suplementares para representar os acordes mais simples e comuns. O correto para representar a partitura no violão é colocar o símbolo “8” na clave de Sol, indicando que a representação está deslocada de um oitava em relação ao dó central do piano:

simbolo clave de sol

Mas nem todos os escritores colocam esse símbolo, então fique atento ao instrumento em questão para se localizar corretamente. Continuaremos ensinando como ler partitura no próximo tópico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Clave de fá

A clave de Fá é utilizada para representar as notas mais baixas (graves). As oitavas mais graves do piano não tem correspondência na pauta da clave de Sol. É por essa razão que foi criada essa outra clave. A clave de Fá segue a mesma lógica da clave de Sol, só que a localização das notas é um pouco diferente. Aqui, o símbolo é desenhado a partir da 4º linha e indica que sobre esta linha está a nota Fá. Note que essa nota fica entre os dois pontos da figura. Sabendo isso, podemos escrever as demais notas:

Localização das notas na Clave de Fá

clave de fa

No piano, a localização das oitavas fica da seguinte forma nessa clave:

clave de fa no piano

Repare que na clave de Fá existe o mesmo Dó que você viu representado na clave de Sol (Dó central). É um ponto de encontro!

Como essa clave mostra as notas mais graves, no piano ela representa o que você deve tocar com a mão esquerda, enquanto a clave de Sol mostra o que você deve tocar com a mão direita. Por isso, as partituras para piano costumam ter duas pautas (uma para cada clave) simultâneas, já que podemos tocar com as duas mãos ao mesmo tempo.

No violão, utilizamos somente a clave de Sol. Outros exemplos de instrumentos que utilizam a clave de Fá são: contrabaixo, violoncelo, fagote e trombone, bem como as vozes mais graves.

A título de curiosidade, a clave de Fá também é conhecida como clave masculina (ou androclave).

 

 

Anexos

Notas musicais

Notas musicais são os elementos mínimos de um som. Quando uma corda vibra, ela movimenta as moléculas de ar ao seu redor. Essa agitação das moléculas ocorre na mesma frequência de vibração da corda. O ouvido humano capta essa vibração do ar e a processa atribuindo um som ao cérebro.  Para cada frequência de vibração, o cérebro atribui um som diferente (uma nota diferente).

Como representar as notas musicais?

 As notas musicais podem ser identificadas por letras para facilitar a escrita e aumentar a velocidade de leitura. A notação utilizada é universal, o que facilita a comunicação com músicos de outros países. Existem 7 letras para representar as notas musicais. A definição das letras e suas notas correspondentes é a seguinte:

C –> dó
D –> ré
E –> mi
F –> fá
G –> sol
A –> lá
B –> si  (H no alemão)

 Existe também outra representação para as notas musicais, que não depende de letras. É a famosa partitura. Você já deve ter visto por aí algo parecido com isto:

notas musicais

Pois bem, isso é uma representação por partitura. Como ela é bem mais detalhada e completa (envolve ritmos e tudo o mais), criamos um tópico específico para explicar e ensinar tudo o que você precisa saber sobre partitura.

 Caso esse seja seu primeiro contato com representações musicais, não se preocupe tanto com a partitura, procure antes decorar a representação por letras, que é bem mais simples.

 Gostaríamos de destacar que, futuramente, a escrita de notas musicais por partitura irá te ajudar muito, portanto não deixe de usufruir de tudo o que o site Descomplicando a Música tem para oferecer. Apenas seja criterioso consigo mesmo e avance com calma. Estamos aqui para facilitar o seu aprendizado, então siga o seu próprio ritmo e aproveite!

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Oitavas

O que são oitavas?

Provavelmente você já ouviu falar os termos “uma oitava acima” ou “uma oitava abaixo”. Mas o que significa isso?

Dizer que uma nota está uma oitava acima significa dizer que a nota é a mesma, porém ela está em uma região mais aguda do instrumento.

Imagine um piano. Nele, as teclas da esquerda são mais graves do que as teclas da direita. Se você for apertando as teclas brancas, partindo de dó, da esquerda para a direita, vai seguir a sequência: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó…continuando nesse ciclo até terminarem as teclas do piano. Como as notas vão ficando mais agudas, fica fácil de perceber que o próximo dó será mais agudo que o anterior. Sempre que se termina um ciclo e a nota volta a ser dó, completa-se uma oitava. Repare que “si” é o 7º grau de dó (leia o artigo “graus musicais“), fazendo com que Dó seja o oitavo grau. Por isso o nome “oitava”.

Usamos aqui o exemplo de Dó, mas isso é válido para qualquer nota, desde que se comece e termine na mesma nota. Se partíssemos de Ré, fecharíamos uma oitava quando chegássemos à Ré novamente.

A mesma lógica pode ser aplicada para uma oitava abaixo, onde o som fica mais grave.

Intervalo de uma oitava

Como a música ocidental possui 12 notas (12 semitons), podemos concluir que uma oitava compreende a distância de seis tons. Confira abaixo como em 6 tons retornamos à nota de origem:

oitavas

Apenas a título de curiosidade, os pianos geralmente possuem cerca de 7 oitavas.

Graus musicais

O que são graus musicais?

Grau musical é uma nomenclatura criada para ajudar o músico na localização dos intervalos. Provavelmente você já tenha ouvido falar em “primeiro grau”, “segundo grau”, etc. E talvez isso tenha soado estranho num primeiro momento. Porém, como vamos ver, essa terminologia é simples e pode ser muito útil.

Se numerássemos a escala de Dó maior da seguinte forma: Dó (1º grau), Ré (2º grau), Mi (3º grau), Fá (4º grau), Sol (5º grau), Lá (6º grau), Si (7º grau), poderíamos dizer para um amigo, por exemplo: “toque o 5º grau da escala de Dó maior”, e ele saberia que você está se referindo à nota Sol.

Por isso, acaba sendo muito útil falar das notas de uma música em termos de graus musicais. A lógica é a mesma que foi apresentada acima, aplicada a cada nota de interesse. Por exemplo, podemos construir os graus partindo da nota Ré:
Ré (1º grau), Mi (2º grau), Fá (3º grau), Sol (4º grau), Lá (5º grau), Si (6º grau), Dó (7º grau).

Então, se alguém pedisse, digamos, o 3º grau de Ré, você saberia que se trata da nota Fá. Observe que estamos trabalhando dentro da escala de dó maior nesses exemplos todos. Isso precisa ser especificado (em qual escala estamos trabalhando).

 De uma maneira prática, para saber a nota que se refere a algum grau basta contar nos dedos as notas partindo da nota que foi definida como 1º grau. Abaixo seguem alguns exemplos, ainda dentro da escala de dó maior (tome como exercício):

– Segundo grau de Mi: 
– Quarto grau de Sol:
 
– Sétimo grau de Si:
 

*Obs: O primeiro grau é também chamado de “tônica”.

Mais detalhes sobre graus musicais

Esses exemplos foram utilizados apenas para fins didáticos. Na prática, você verá que os graus são muito utilizados dentro do contexto de campos harmônicos. Você aprenderá como se situar numa música utilizando graus no artigo “campo harmônico”.  Antes disso, aprenderemos (nos tópicos “diminuta, aumentada e justa” e “graus musicais – conceito complementar”) outros detalhes importantes sobre graus.

 

Escalas musicais

O que são escalas musicais?

Escalas musicais são sequências ordenadas de notas. Por exemplo: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó…repetindo esse ciclo. Nessa escala, começou-se com a nota dó e foi-se seguindo uma sequência bem definida de intervalos até o retorno para a nota dó novamente. Essa sequência de distâncias foi: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom…repetindo o ciclo.

Escala maior

Essa escala que mostramos é chamada de “escala maior”. Poderíamos utilizar essa mesma sequência (escala maior) começando de uma nota que não fosse dó, por exemplo, sol. A escala então seria sol, lá, si, dó, ré, mi, fá#, sol… Note como a mesma lógica foi seguida (tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom). No primeiro caso, formamos a escala maior de dó. No segundo caso, a escala maior de sol. Seguindo a mesma lógica podemos montar a escala maior de todas as 12 notas que conhecemos.  Faça isso como exercício e depois confira abaixo. Mostraremos a escala maior das 7 notas básicas:

escalas musicais

Escala menor

A chamada “escala menor” é formada a partir da seguinte sequência: tom, semitom, tom, tom, semitom, tom, tom…repetindo o ciclo.

 Vamos construir então a escala de dó menor. Você já é capaz de construir essa escala. Basta seguir essa sequência dada começando pela nota dó. Fica assim:

 dó, ré, ré#, fá, sol, sol#, lá#, dó… repetindo o ciclo.

 As notas ré#, sol# e lá# equivalem, respectivamente, a mib, láb e sib. Poderíamos reescrever então a sequência acima como:

 dó, ré, mib, fá, sol, láb, sib, dó.

 Note que a escala é absolutamente a mesma; a única diferença é que antes ela estava escrita com os acidentes sustenidos (#), e agora ela foi escrita com os acidentes bemóis (b). Geralmente a escala menor de dó é escrita da segunda forma e não da primeira. Por quê? Simplesmente porque nela todas as 7 notas apareceram (com ou sem acidentes). No primeiro caso, a nota si não aparece. Isso muda alguma coisa? Faz diferença? NÃO. Mas nas literaturas você provavelmente vai encontrar a segunda descrição, pelo motivo mencionado. Na realidade, a preferência pela segunda descrição tem um sentido mais profundo, pois facilita a observação das funções harmônicas, mas não se preocupe com isso agora.

Confira então as digitações da escala maior e menor:

Escala Dó maior

escala maior

Escala Dó menor

escala menor

Obs: No braço do violão/ guitarra, para se obter a escala de outra nota (além da nota “dó” que mostramos), basta deslocar esse mesmo desenho para a nota que se deseja. Experimente testar fazendo esse mesmo desenho (mesmo shape) da escala maior de dó partindo da nota Ré. Depois confira as notas geradas comparando com a tabela que mostramos anteriormente. Isso é ótimo, não? Significa que só precisamos decorar um desenho para cada escala! No teclado, não temos esse privilégio. Porém, o teclado apresenta outras inúmeras vantagens facilitadoras. Cada instrumento tem seus prós e contras!

Qual o motivo das escalas musicais serem chamadas de maiores e menores?

Ok, voltando ao assunto, talvez você esteja se perguntando por que raios uma escala se chama “maior” e a outra “menor”.

 Isso é apenas uma definição. A diferença dessas escalas está no terceiro grau, no sexto grau e no sétimo grau. Na escala “maior”, esses graus são maiores. Na escala “menor”, esses graus são menores. Por isso resolveu-se chamar a primeira escala de “escala maior”, e a segunda de “escala menor”.

Obs: nos próximos artigos você entenderá bem essa questão dos graus, não se preocupe se achou estranho esses termos.

Escalas naturais

Como existem outros tipos de escalas maiores e menores, essas escalas básicas que acabamos de ver recebem o nome de “escalas naturais”, pois são as mais básicas e primitivas no estudo de música.

Escala diatônica

As escalas “maior natural” e “menor natural” também são chamadas de escala diatônica maior eescala diatônica menor. O nome “diatônica” significa “movimentar-se pela tônica”. Sempre que utilizarmos o termo “diatônico” ou “nota diatônica”, estamos dizendo que essa nota pertence à tonalidade natural; ou seja, a nota faz parte de uma escala maior ou menor natural.

 Existem diversas outras escalas musicais, como veremos em outros tópicos. Mas a moral é sempre a mesma. Tem-se uma sequência definida de tons e semitons e, a partir disso, monta-se a escala começando da nota que se desejar. Simples assim.

Para que servem as escalas musicais

Ok, tudo muito legal, muito bonito, mas para que serve cada escala?? onde elas são utilizadas?! Meu amigo, é aí que mora o segredo! Isso ninguém fala! Você vai encontrar textos em livros e na internet mostrando diversas escalas, mas duvido que alguém explique onde aplicar cada uma.

Felizmente, você está no lugar certo! Organizamos todos os conteúdos aqui do site de maneira que você consiga ter toda a base necessária para deslanchar esse assunto. Falaremos de cada escala musicalespecificamente mostrando como aplicá-las e tudo o mais. Esses segredos não são revelados assim de bandeja em lugar algum, mas aqui no Descomplicando a Música você vai aprender tudo o que precisa sem gastar um centavo por isso. Aliás, mesmo pagando por aí, dificilmente você encontraria material de qualidade sobre esse tema. Acredite. Não é à toa que tão poucos músicos sabem teoria musical de verdade. Nosso site está tentando derrubar essa barreira. Aproveite e ajude-nos a melhorar cada vez mais fazendo sua avaliação sobre os conteúdos (como uma observação sobre esse artigo de escalas musicais, por exemplo) e divulgando para seus amigos. Para nosso site crescer e ser ainda mais útil, precisamos do seu apoio!

 

 

  • Sustenido e bemol
  • O que significa sustenido e bemol?
  • Na música ocidental, há 12 notas: dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá# e si. O símbolo “#” significa sustenido. Dessas 12 notas, 7 delas recebem um nome específico (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e as demais são identificadas por um sustenido (#) ou bemol (b) dessas notas, também chamados de acidentes. Um sustenido, por definição, é a menor distância entre duas notas na música ocidental, assim como um bemol. A diferença de nomenclatura (bemol ou sustenido) serve apenas para indicar se estamos nos referindo a uma nota acima ou abaixo. Por exemplo: Ré bemol é o mesmo que Dó sustenido. Leia a próxima seção “o que são tons e semitons” para complementar esse conceito. Abaixo seguem algumas representações e suas equivalências, para facilitar o entendimento:
  • Ré # # = Mi
  • Mi b b = Ré
  • Mi # = Fá
  • Fá b = Mi
  • Na prática, não se costuma usar a escrita (# #) ou (b b) por que é muito mais fácil dizer, por exemplo, Mi do que Ré ##. Não faz muito sentido usar essa segunda representação; mostramos aqui apenas para fins de entendimento. Da mesma forma, não se costuma utilizar a nomenclatura Mi#, nem Si#, por se tratarem das notas Fá e Dó, respectivamente.
  • Se você tiver curiosidade sobre a matemática que há entre as 12 notas da música ocidental e o que diferencia uma nota da outra na nossa percepção do cérebro, leia o artigo Matemática na Música.
  • Sustenidos no piano
  • No piano, as teclas brancas contêm as notas com nome específico (C, D, E, F, G, A, B) e as teclas pretas contêm os acidentes sustenidos (C#, D#, F#, G#, A#).
  • Vamos apresentar no próximo tópico o conceito de tom e semitom para complementar esse assunto.
  • Sustenido e bemol
  • O que significa sustenido e bemol?
  • Na música ocidental, há 12 notas: dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá# e si. O símbolo “#” significa sustenido. Dessas 12 notas, 7 delas recebem um nome específico (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e as demais são identificadas por um sustenido (#) ou bemol (b) dessas notas, também chamados de acidentes. Um sustenido, por definição, é a menor distância entre duas notas na música ocidental, assim como um bemol. A diferença de nomenclatura (bemol ou sustenido) serve apenas para indicar se estamos nos referindo a uma nota acima ou abaixo. Por exemplo: Ré bemol é o mesmo que Dó sustenido. Leia a próxima seção “o que são tons e semitons” para complementar esse conceito. Abaixo seguem algumas representações e suas equivalências, para facilitar o entendimento:
  • Ré # # = Mi
  • Mi b b = Ré
  • Mi # = Fá
  • Fá b = Mi
  • Na prática, não se costuma usar a escrita (# #) ou (b b) por que é muito mais fácil dizer, por exemplo, Mi do que Ré ##. Não faz muito sentido usar essa segunda representação; mostramos aqui apenas para fins de entendimento. Da mesma forma, não se costuma utilizar a nomenclatura Mi#, nem Si#, por se tratarem das notas Fá e Dó, respectivamente.
  • Se você tiver curiosidade sobre a matemática que há entre as 12 notas da música ocidental e o que diferencia uma nota da outra na nossa percepção do cérebro, leia o artigo Matemática na Música.
  • Sustenidos no piano
  • No piano, as teclas brancas contêm as notas com nome específico (C, D, E, F, G, A, B) e as teclas pretas contêm os acidentes sustenidos (C#, D#, F#, G#, A#).
  • Acorde
  • Definição de acorde
  • Um acorde é a união de duas ou mais notas tocadas simultaneamente. Há inúmeras combinações possíveis de se fazer com notas, resultando nos mais diversos acordes. Então, para facilitar a vida dos músicos, cada acorde recebe um nome. Esse nome é baseado nas notas fundamentais que conhecemos (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si).
  • Acordes naturais
  • Antes de aprender como se dá nome aos acordes, é importante saber que alguns acordes recebem o mesmo nome das notas (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si). São os chamados acordes naturais. Cada um desses acordes é formado por três notas. E existe uma regrinha para descobrir quem são essas três notas.
  • As notas que formam os acordes naturais são o primeiro, o terceiro e o quinto graus de suas respectivasescalas. Mais adiante, iremos aplicar essa regra na prática, para facilitar a visualização. Antes disso, vale a pena saber que um acorde pode ser maior, menor ou suspenso.
  • Essas nomenclaturas estão relacionadas com o terceiro grau.
  • Acorde maior
  • Para formar os acordes maiores, você usa o terceiro grau maior.
  • Acorde menor
  • Para formar os acordes menores, você usa o terceiro grau menor.
  • Acorde suspenso
  • Quando o acorde não possui o terceiro grau, ele não pode ser classificado como maior, nem como menor, recebendo o nome de “suspenso”. Os símbolos utilizados são os seguintes: “m” para dizer que o acorde é menor e “sus” para dizer que o acorde é suspenso. Quando não houver nenhum desses símbolos, significa que o acorde é maior. Veja os exemplos abaixo, utilizando o acorde de dó:
  • acorde
  • Já o quinto grau, em ambos os casos (acordes maiores ou menores naturais), é a quinta justa.
  • Bom, agora que já aprendemos as regras, vamos formar acordes utilizando esses conceitos. Pense num acorde que você quer formar. Por exemplo, Dó maior.
  • Primeiro grau: Dó
  • Terceiro grau maior: Mi
  • Quinto grau (quinta justa): Sol
  • Portanto, o acorde de Dó maior é formado pelas notas Dó, Mi e Sol. Basta que você aperte (ou deixe soar) essas notas no seu instrumento que você terá o acorde de Dó maior.
  • Vamos formar agora o acorde de Fá menor:
  • Primeiro grau: Fá
  • Terceiro grau menor: Lá bemol
  • Quinta justa: Dó
  • Portanto, o acorde de Fá menor é formado pelas notas Fá, Lá bemol e Dó.
  • É assim que se forma um acorde. Nos próximos artigos, veremos mais detalhes sobre os tipos de acordes que podemos montar, além dos acordes naturais básicos que já mostramos.

 

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