Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Web rádio (também conhecida como Rádio via Internet ou Rádio Online) é uma rádio digital que realiza sua transmissão via
Internet utilizando a tecnologia (streaming) serviço de
transmissão de áudio/som em
tempo real. Através de um servidor, é possível emitir uma programação ao vivo
ou gravada. Muitas estações tradicionais de rádio transmitem a mesma
programação da FM ou AM (transmissão analógica por ondas de rádio, mas com
alcance limitado de sinal) também pela Internet, conseguindo desta forma a
possibilidade de alcance global na audiência. Outras estações transmitem
somente via Internet (web rádios). o Brasil ainda não emplacou totalmente neste
formato de rádio, mas é questão de tempo devido ao crescimento de usuários da
internet atualmente.
O custo para
criação de uma web rádio é bem inferior ao custo de criação de uma rádio tradicional,
sendo que para transmissão de músicas ou qualquer obra de terceiros há a
necessidade de pagamento dos direitos autorais. Atualmente, o órgão responsável
no Brasil é o ECAD. em quanto a utilização de
músicas gratuitas (Without Copyright) estão livre do pagamento de direitos
autorais.
Muitas
emissoras comerciais usam essa tecnologia para emitir sua programação pela
Internet.
Atualmente a
legalização da atividade se faz necessária através do CNAE 6010-1/00 Sub
Classe: Atividades de Rádio, atividades de difusão de programas de rádio via
internet (emissoras de rádio na internet).
Multicast
Diagramas de
Encaminhamento
Encaminhamento
·
anycast
·
multicast
·
unicast
Multicast (também referido como Multicast
IP) é muitas vezes usado para se referir a um “broadcast multiplexado”.
Multicast é
a transmissão de informação para múltiplos destinatários simultaneamente,
usando a estratégia mais eficiente, onde as mensagens só passam por um link uma
única vez e somente são duplicadas quando o link para os destinatários se
divide em duas direções. Em comparação com o Multicast, a entrega simples ponto-a-ponto é
chamada de Unicast, e a
entrega para todos os pontos de uma rede chama-se Broadcast.
A palavra
Multicast é tipicamente associada com Multicast IP, que é um protocolo que
transmite pacotes eficientemente para múltiplos pontos distintos, ao mesmo
tempo, em redes TCP/IP, usando
um endereço Multicast[1]. È
comumente associado com aplicações de áudio/vídeo, por
exemplo, Protocolo RTP.
Mas existem
outros protocolos na Internet que implementam o conceito Multicast. O ATM, por
exemplo, possui mecanismos para conexões ponto-para-multiponto ou
multiponto-para-multiponto. Esse modelo geralmente assume que as estações
participantes de uma comunicação sejam conhecidas com antecedência, de modo que
árvores de distribuição possam ser geradas e recursos possam ser alocados pelos
elementos da rede. O Multicast IP foi descrito pelo Arquiteto de Internet Dave
Clark: “Você coloca pacotes de um
lado e a rede conspira para entregá-los a qualquer um que os peça.”.
Apesar IP
ter um modelo conceitual bastante convincente, este demanda muito mais
recursos, equipamentos e processamento na rede do que o modelo Unicast “best effort”
ponto-a-ponto, o que tem gerado muitas críticas. Porém, ainda não foi
apresentado nenhum mecanismo que permita ao modelo de Multicast IP ser aplicado
a uma escala de milhões de pontos e/ou milhões de grupos multicast como seria
de fato necessário para que as aplicações multicast em geral se difundam na
Internet comercial. Até 2003, a maioria dos esforços para
escalonar o multicast para grandes redes têm se concentrado no simples caso
onde temos uma única fonte multicast, o que parece ser mais “tratável”,
computacionalmente falando.
Por esta
razão e por motivos econômicos, o Multicast IP não está muito em uso na
Internet comercial. Outras tecnologias Multicast, que não são baseadas no
Multicast IP, são bem populares, tais como o Internet Relay Chat e
o PSYC. Elas podem
não ser tão elegantes como o Multicast IP, mas são pragmáticas e funcionam
melhor para grandes quantidades de pequenos grupos.
Entretanto,
algumas comunidades dentro da Internet pública fazem uso regular do Multicast
IP (pesquise a Mbone por
exemplo), sendo também muito usado em aplicações especiais em redes
IP privadas e na Internet2 –
a RNP é um
exemplo disso no Brasil. Multicast local, onde pacotes são enviados para grupos
de hosts no mesmo “Data Link Layer”
físico ou virtual, não requer roteamento muito complexo, e é portanto muito
mais utilizado. Usa-se, por exemplo, no IPv6, para resolução de nomes e
endereços, e em redes zeroconf para
descobrir serviços, resolução de nomes e resolução de conflitos de endereços,
substituindo protocolos broadcast ineficientes.
A conferência
por Multicast IP foi apresentada inicialmente em maior escala quando foi usada
para transmitir varias sessões do 23º IETF em Março de 1992 para pesquisadores
e observadores ao redor do mundo. Desde então, seções especiais da IETF tem
sido transmitidas por Multicast via MBONE e
redes Multicast privadas.
A segurança
no Multicast é um dos maiores problemas então. Soluções de comunicação segura
comuns, geralmente empregam criptografia simétrica. Mas aplicá-la ao tráfego
Multicast IP permitiria qualquer um dos destinatários multicast posar como o
remetente. Isso é claramente inaceitável. O grupo MSEC do
IETF, está desenvolvendo protocolos de segurança para resolver este problema,
com base na arquitetura do protocolo IPsec. O IPsec não
pode ser utilizado no cenário Multicast pois, em suma, supõe-se que haja
somente um remetente e um destinatário. O IETF propôs então um novo protocolo,
o TESLA, que está
se mostrando muito convincente e flexível para o ambiente Multicast seguro.
Streaming
A transmissão seguida, também
conhecida por fluxo de média (pt) ou fluxo
de mídia (pt-BR) (bem
como pelo anglicismo streaming)
é uma forma de distribuição
digital, em oposição à descarga de dados.[4] A
difusão de dados, geralmente em uma rede através
de pacotes, é frequentemente utilizada para distribuir conteúdo multimídia através
da Internet. Nesta
forma, as informações não são armazenadas pelo usuário em seu próprio
computador. Assim não é ocupado espaço no disco
rígido (HD), para a
posterior reprodução — a não ser o arquivamento temporário no cache do
sistema ou que o usuário ativamente faça a gravação dos dados. O fluxo dos
dados é recebido e reproduzido à medida que chega ao usuário, caso a largura de banda seja
suficiente para reproduzir os conteúdos, pois se não for suficiente, ocorrerão
interrupções na reprodução do arquivo, por problema no buffer.
Isso permite
que um usuário reproduza conteúdos protegidos por direitos de autor, na Internet, sem a violação desses
direitos, similar ao rádio ou televisão aberta
diferentemente do que ocorreria no caso do download do conteúdo, onde há o armazenamento da mídia no
HD configurando-se uma cópia ilegal. A informação pode ser transmitida em
diversas plataformas, como na forma Multicast IP ou Broadcast. Exemplos
de serviços como esse são a Netflix e Hulu (video)
e o Spotify e
o Google
Play Música (música).
No Brasil,
o Superior
Tribunal de Justiça decidiu que essa
modalidade de distribuição de dados é fato gerador para cobrança, pelo ECAD, relativamente à exploração
econômica do titular do direito autoral. Neste
sentido: "A transmissão de músicas por meio da rede mundial de
computadores mediante o emprego da tecnologia streaming (webcasting e simulcasting) demanda autorização
prévia e expressa pelo titular dos direitos de autor e caracteriza fato gerador
de cobrança pelo ECAD relativa à exploração econômica desses direitos".
Em janeiro
de 2017, os DVDs e Blu-rays deixaram de ser o meio
mais lucrativo para distribuição de mídia no Reino
Unido, sendo ultrapassados pelo download digital e streaming.
Streaming Media
Atualmente,
com o advento de tecnologias como o ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line), a Internet via cabo, rádio, WiMAX e fibra ótica, permitem
novos serviços na Internet,
como o vídeo sob
demanda (on
demand). Também é possível assistir a vídeos em streaming via smartphones por meio de
aplicativos próprio exigindo um conexão de dados ou através do wifi. É uma tecnologia que tem
possibilitado a muitas pessoas, em todo o mundo, terem acesso a diversos tipos
de conteúdos de diferentes países a um custo relativamente baixo, geralmente o
usuário paga uma taxa fixa para ter o serviço disponível 24 horas por dia, sete
vezes por semana dando a ele uma maior liberdade e flexibilidade de horário, não
ficando preso aos horários do conteúdo transmitido pela televisão. Esse é um
dos principais fatores para a enorme popularidade desse tipo de serviço. Essa
tecnologia está inserida na computação
em nuvem (em inglês, cloud computing) pois os dados de mídias transmitidos para o
usuário ficam armazenados em servidores (Servers),
computadores que possuem uma enorme capacidade de armazenamento de dados e
estão conectados a internet de alta velocidade que permite a transmissão de
arquivos de melhor qualidade mesmo para locais muito distantes.
Tecnologia
Arquitetura
A
distribuição de dados pode ser feita de várias formas, seguindo a estrutura:
·
Protocolos: como os dados
serão transmitidos e a estrutura de distribuição;
·
Formatos de arquivos: o
formato do mídia a ser distribuído.
O streaming só é possível graças
às diferentes peças de software que
comunicam em diversos níveis, ou mais recentemente o ROLAND VR-5, dispositivo AV Mixer & Recorder.
·
Player: O software que permite que os
usuários reproduzam os arquivos multimídia;
·
Servidores: O distribuidor e
seu software que
distribuem os conteúdos para os usuários, utilizando um protocolo definido.
Os
protocolos Internet empregados
na distribuição de arquivos de streaming — o UDP e RTSP —
realizam a distribuição entre um servidor de streaming e um player com
muito mais qualidade. Esta qualidade é alcançada graças a arquitetura que
prioriza a distribuição em fluxos contínuos. Quando TCP e HTTP são usados e
encontram uma falha em entregar um pacote de dados, eles tentam repetidamente
enviar aquele pacote de dados até que este seja entregue com sucesso. UDP
continua a enviar os dados mesmo se ocorrer perda dos mesmos, o que permite uma
experiência em tempo real, que é uma das principais características do streaming.
Tipos de utilizações
Rádio
Internet
A vantagem
para a estação de rádio da Internet é que
ela pode alcançar um grande público alvo que, por várias razões (como o alcance
territorial limitado do sinal de rádio), não tinha conhecimento de uma estação
em outro lugar. Há que esclarecer que não só as estações de rádio
FM e AM emitem através da Internet, uma vez que nos últimos anos tem
havido um crescimento exponencial do número de estações de rádio que emitem
exclusivamente através da Internet.
TV
por Internet
Desde o
final da década de 1990, as tentativas de criar uma televisão pela
Internet fracassaram, devido à considerável largura de banda requerida pelo
sinal de vídeo; no entanto, o interesse neste tipo de comunicação pública
ressurge com o grande sucesso do YouTube e a expansão do ADSL.
Podcasting
Podcasting é uma
forma de publicação de ficheiros multimídia (áudio, vídeo, foto, PPS, etc…) na Internet, e aos
utilizadores acompanhar a sua atualização. O utilizador pode, assim, meramente
acompanhar, ou até mesmo a descarregar automaticamente
o conteúdo de um podcast.
A palavra
"podcasting" é uma
junção de iPod - marca do aparelho
multimídia homónimo, da Apple Inc., que é
sigla de "Personal On
Demand" (numa tradução literal, algo pessoal e sob demanda) -
e broadcasting (radiodifusão).
O conjunto de ficheiros ou arquivos publicados por podcasting é chamada de podcast. O autor de um podcast é
chamado podcaster.
História
A autoria do
termo "podcast" é
atribuída a um artigo do jornal britânico The
Guardian em 12 de
fevereiro de 2004, mas, nesse primeiro momento,
o termo não se referia ao formato de transmissão com RSS, o que só aconteceu em
setembro daquele ano, quando Dannie Gregoire usou o termo para descrever o
processo utilizado por Adam Curry.
O conceito
do podcast é
atribuído ao ex-VJ da MTV Adam
Curry, que criou o primeiro agregador de podcasts usando Applescript
(linguagem de computador interpretada que age sobre a interface do sistema
operacional da Apple) e disponibilizou o código na Internet, para que
outros programadores pudessem
ajudar. Dave Winer incluiu
o enclosure, um
elemento na especificação RSS 2.0, o que possibilitou o conceito do podcast ser realmente utilizado.
A utilização
de feeds RSS para distribuir o
conteúdo é a grande diferença do podcasting em
relação aos audioblogues, videoblogues e fotoblogues.
Em finais de
2004, as redes de comunicação anglo-saxãs começaram a incorporar o podcasting
em suas ofertas de rádio, incluindo o importante papel das estações de rádio
públicas: a BBC (no Reino Unido), a canadense CBC e a Australian Broad Casting
Corporation (ABC), juntamente com outras emissoras associadas ao consórcio NPR
(National Public Radio) dos Estados Unidos (Sellas, 2008).
Um marco na
massificação do conceito foi o lançamento da versão 4.9 do leitor de música
digital iTunes, da Apple, que
ampliou o suporte aos podcasts, incluindo uma secção na sua loja de
música dedicada ao serviço e também uma actualização para o iPod que
adiciona a categoria "Podcasts"
ao menu "Music".
O formato de
transmissão é hoje muito de utilizado por diversas pessoas e empresas no mundo
para divulgar notícias e programação, assim como algumas universidades que
começam a disponibilizar aulas neste formato.
Origem do Termo
A palavra é
uma junção de Pod -
"Personal On Demand" (numa tradução literal, pessoal sob demanda),
retirada de iPod, com broadcast (radiodifusão).
O podcast em vídeo
chama-se "videocast",
frequentemente em arquivo formato MP4 ou disponibilizado
em sítios de transmissão
contínua, como o Youtube.
O termo
"podcast" é creditado
a um artigo do jornal britânico The Guardian em 12 de
fevereiro de 2004, mas, nesse primeiro momento,
o termo não se referia ao formato de transmissão com RSS, o que só aconteceu em
setembro daquele ano, quando Dannie Gregoire usou o termo para descrever o
processo utilizado por Adam Curry.
Além do
formato comum de podcast MP3,
existe também a opção Enhanced
Podcast, em M4A. Formato proprietário da Apple, este tipo de podcast oferece algumas
facilidades, como divisão do podcast em
capítulos, mudança da imagem principal durante o decorrer do programa, e uso de
links que também podem mudar ao longo de sua exibição. Estes recursos oferecem
uma melhor aprofundamento do tema em questão, umas vez que pode visualmente
mostrar do que está sendo discutido, e oferecer acesso aos conteúdos em questão
através dos links. Infelizmente, os Enhanced
Podcasts só funcionam em dispositivos que usem o sistema
operacional iOS.
O primeiro
podcast do Brasil foi o "Digital Minds," de Danilo Medeiros, em 21 de
outubro de 2004. O podcast falava sobre tecnologia em geral. O podcast
brasileiro mais popular atualmente é o "Nerdcast" do
site "Jovem Nerd".
Brasil
Dentre
outros podcasts pioneiros no Brasil, destaca-se o Digital Minds (descontinuado)
criado em 21 de outubro de 2004, por Danilo Medeiros, e o Podcast do Gui Leite,
em 15 de novembro do mesmo ano. Na primeira edição, foi explicada a intenção de
se fazer o podcast para testar esse tipo de tecnologia. Em 3 de dezembro de
2004 surgiu o podcast Perhappiness, de Rodrigo Stulzer. No ano seguinte, vários
outros programas estrearam, muitos inspirados nesses primeiros representantes
brasileiros na mídia.
Um dos
primeiros podcasts brasileiros surgiu em 2006, no blog do Jovem
Nerd, chamado Nerdcast, criado
pelo Alexandre Ottoni, o Jovem
Nerd, e Azaghal (Deive
Pazos). O podcast produz episódios de temas variados, como atualidades,
cinema, história, ciência, tecnologia, e até aulas de inglês e finanças, sempre
de maneira divertida. Foram pioneiros na introdução de propagandas pagas em
seus podcasts, com grande repúdio dos fãs de início. Mas isso, aliado à
revolução do streaming, deu início
a um grande impulsionamento dos podcast no Brasil, surgindo cada vez mais
geradores de conteúdo nos dias atuais, sendo centenas de podcast brasileiros.
Em maio de
2008, teve inicio o primeiro Prêmio Podcast do Brasil, projeto idealizado e
organizado pelo podcaster Eddie Silva com apoio da ABPod. A transmissão da
premiação dos vencedores do Prêmio Podcast ocorreu ao vivo, no dia 6 de
Dezembro de 2008. Em 2009 a MTV estreou em sua premiação
VMB categorias contemplando conteúdo de internet, com votação popular, dando
espaço aos podcasts.
Uma pesquisa
feita pela plataforma Deezer, apontou
que o consumo de podcasting no
Brasil cresceu 67% em 2019.
Funcionamento
Os programas
ou arquivos, gravados em qualquer formato digital (MP3, AAC e OGG são os mais utilizados
nos podcasts de áudio), ficam armazenados em um servidor na Internet. Por meio
do feed RSS, que funciona como um índice
atualizável dos arquivos disponíveis, novos programas de áudio, vídeo ou fotos
são automáticamente baixados para o leitor através de um agregador, um
programa ou página da Internet que verifica os diversos feeds adicionados,
reconhece os novos arquivos e os baixa de maneira automática para os computadores.
Os arquivos podem, ainda, ser transferidos para leitores portáteis.
Mecanismos
O modelo de
publicação/subscrição de podcasting é uma versão da tecnologia "push"
(empurrar informação), na qual o fornecedor de informação escolhe quais
ficheiros que pretende disponibilizar num feed (são usados para que um usuário
de Internet possa acompanhar os novos artigos e demais conteúdos de um site ou
blog sem que precise visitar o site em si) e que o subscritor escolhe entre uma
multiplicidade de feeds. Enquanto o utilizador não está a "baixar"
ficheiros (arquivos) da Internet, existe uma forte componente de
"pull" (baixar a informação), porque o receptor é livre de subscrever
(ou desistir) de uma grande variedade de canais. Os primeiros serviços
"push" na internet (ex: PointCast) permitiam uma selecção muito
limitada de conteúdos.
Podcasting é
um mecanismo automático onde ficheiros (arquivos) multimídia são transferidos
de um servidor para um cliente, que puxa (baixa) a informação através de um
arquivo XML que contém endereços de
ficheiros. Genericamente, esses ficheiros contêm vídeo e áudio, mas também
podem conter imagens, textos, PDF, ou outros tipos de dados. Desta forma
pode-se ter um conteúdo no celular e noutros locais.
Um podcast é
genericamente anólogo de uma série de TV ou de um programa de rádio, só que não
é ao vivo, como nos programas de TV e Rádio gravados.
O fornecedor
de conteúdos começa por produzir um ficheiro (por exemplo, um arquivo de áudio
em MP3) e disponibiliza-o na Internet. Isto ocorre através da disponibilização
do ficheiro num servidor de acesso público; no entanto, trackers BitTorrent
também são usados, embora não seja tecnicamente necessário que o ficheiro seja
público. O único requerimento é que o ficheiro seja acessível através de
uma URL que seja conhecida. Este
ficheiro é normalmente referenciado como um episódio de um podcast (como um
link).
O fornecedor
de conteúdo passa a referenciar esse ficheiro noutro ficheiro conhecido como
feed. O feed é uma lista de URLs onde os episódios do podcast podem ser
acedidos. Essa lista é normalmente publicada no formato RSS (embora também
possa ser usado o formato Atom), que contém informação adicional como datas de
publicação, títulos e textos explicativos sobre a série e cada um dos
episódios. O Feed pode conter entradas para todos os episódios da série, mas
normalmente está limitado a uma breve lista dos episódios mais recentes, por
exemplo, em feed de notícias. O Standard de um podcast consiste num feed de um
autor. Mais recentemente vários autores passaram a contribuir com episódios
para um único feed podcast usando os conceitos de podcast público e podcast
social.
O fornecedor
de conteúdo publica um feed num servidor. A localização publicada do feed é
assumida como permanente, não sujeita a alteração. Esta localização é conhecida
como URI (mais conhecido por URL). O fornecedor divulga o URI do feed junto à
sua audiência.
Um consumidor
utiliza um software conhecido por agregador, por vezes chamado de podcatcher ou
podcast receiver, para subscrever e gerir os feeds.
Rádio digital
Rádio
digital
|
Tipo
de mídia
|
Rádio digital é um sistema de radiodifusão de
áudio, que se distingue pela emissão de um sinal
digital. Atualmente existem quatro sistemas de
radiodifusão digital conhecidos com repercussão a nível mundial: IBOC (In-band On-channel), DAB (Digital Audio Broadcasting), DRM (Digital Radio Mondiale) e ISDB-Tsb (Terrestrial sound broadcasting).
Benefícios e oportunidades
As
principais vantagens do rádio digital estão na melhoria da qualidade do som (rádio
AM com qualidade de FM e rádio FM com
qualidade de CD) e em mais opções para o
ouvinte, como letreiros digitais com informações adicionais como notícias e
previsão do tempo.[1]
A digitalização do
rádio e a parceria com novas mídias oferecem
também uso mais eficiente do espectro, interatividade, menor consumo de energia
elétrica, possibilidades de novos modelos de negócios e
maior participação no mercado publicitário.
Padrões de rádio digital
Em vários
países, os padrões estão sendo estudados, testados e comparados, não havendo um
padrão único, como ocorre no caso da rádio analógica. Os critérios para escolha
do padrão digital incluem as características do mercado de cada pais (consumidores, emissoras
e fabricantes), qualidade técnica das transmissões (robustez, interferências e
qualidade do áudio), condições de propagação em solo local (extensão da área de
cobertura), ocupação do espectro e compatibilidade dos sinais digitais e
analógicos.
IBOC
(In-band On-channel)
Ano
de criação: aprovação do padrão AM em abril de 2005.
Principais países onde se utiliza: Estados
Unidos, México, El
Salvador, Tailândia, Indonésia, Nova Zelândia, Brasil, Filipinas, Panamá, República
Dominicana e Porto Rico; embora
algumas empresas como a Microsoft comecem
a impulsioná-lo em países que querem implantar o DAB, como França.
Vantagens: possibilidade de convivência de receptores analógicos e digitais
mediante o mesmo sinal recebido.
Inconvenientes: a convivência de ambos os sinais pode
produzir sobreposições e, por tanto, perdas qualitativas, menor cobertura que a
FM e ao usar a rede de FM não permite uma rede de frequência única.
Bandas de transmissão utilizadas: frequências de 530 a
1710 kHz (AM) e de 87.5 a 108 MHz (FM).
DAB
(Digital Audio Broadcasting
Ano
de criação: primeiros passos em setembro de 1995 no Reino Unido.
Principais países onde se utiliza: principais países
europeus (Noruega, Espanha, Itália, Suécia, Suíça, Dinamarca, Alemanha, França, Reino
Unido e Bélgica), Austrália e
alguns países asiáticos, como a China.
Vantagens: dá uma altíssima qualidade de áudio, sem consumir demasiados
recursos. Permite uma rede de frequência única e uma oferta muito mais ampla
que na FM.
Inconvenientes: ao contrário do IBOC, não permite
“incluir” sinal analógico dentro da mesma largura
de banda, o que faz com que o sinal só sirva os
recetores digitais.
Bandas de transmissão utilizadas: banda III (dos 174 a 240
MHz) e banda L (dos
1452 a 1492 MHz); esta última é pior porque ao ser a frequência maior perde-se
cobertura, nos Estados Unidos é destinada ao uso militar e em Espanha se usará
para 4G. Em alguns países pode também transmitir por banda UHF.
DRM
(Digital Radio Mondiale)
O DRM é um sistema criado
pelo consórcio do
mesmo nome, cuja missão era estabelecer um sistema digital para as bandas de
radiodifusão com modulação de amplitude, onda larga (ondas
quilométricas), média (hectométricas) e
curta (decamétricas), por debaixo de 30 MHz. A 16 de junho de 2003 iniciaram-se
as primeiras emissões regulares.
O sistema
foi aprovado no ano 2003 pela UIT (recomendação ITU-R BS 1514) e recomendado
por esse organismo como único padrão mundial nas bandas entre 3 e 30 MHz (Onda
Curta).
Também foi
padronizado pela norma IEC-62272-1 e pela ETSI ES-201980.
Atualmente
DRM é um padrão para rádio digital que cobre bandas de radiodifusão em
amplitude modulada (onda larga, média e curta) e em frequência modulada também
conhecido como DRM+.
ISDB-Tsb
ISDB-Tsb (Terrestial sound
broadcasting) é a norma para a rádio digital terrestre. A especificação técnica
é a mesma que ISDB-T. ISDB-Tsb suporta o codec MPEG2, transmitida pela BST-OFDM
usando 1 ou 3 segmentos, sendo compatível com o serviço 1Seg de ISDB-T. A sua
implementação está planificada para julho de 2011, depois do apagão da
televisão analógica e usaria as ditas frequências libertadas (90-108 MHz). A
radiodifusão analógica em FM do Japão (que
se situa entre 76 e 90 MHz) não seria substituída. O ISDB-Tsb seria um serviço
radial complementar ao FM analógico. Efetuam-se transmissões de provas desde o
outubro de 2003 em Tóquio e Osaca patrocinadas
pela Digital Radio Promotion Association (DRP). Neste caso estão-se usando as
frequências correspondentes ao canal 7 em VHF (188-192 MHz).
Rádio digital terrestre no mundo
Brasil
O Ministério das Comunicações está
testando e avaliando sistemas de rádio digital e abriu chamada pública em 2009
para envio das avaliações dos sistemas atualmente existentes.
Algumas
emissoras já operam o sistema digital de rádio em caráter experimental.
Testes com
os sistemas americano e europeu irão definir a melhor proposta em conformidade
com a realidade brasileira.
Portugal
Os projetos
para a emissão Digital através do sistema DAB iniciaram-se em Portugal, no final
dos anos 80, e a partir de 1992 estabeleceram-se as bases para a implementação
de um sistema de recepção com qualidade de som equivalente à do CD áudio. Em
1998, a RDP iniciava
as transmissões em DAB por ocasião da abertura
da Expo 98,com três emissores em Lisboa, Arrábida e Serra
de Montejunto, constituindo uma pequena
rede de frequência única e um outro emissor no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia, junto
à cidade do Porto.
Aquilo que
a RDP planeava
fazer, em termos de cobertura Digital, prolonga-se até 2006, com a cobertura
dos Açores o que,
a acontecer, faria com que Portugal fosse o primeiro país da Europa a ter
uma cobertura integral de DAB.
Para além
dos emissores digitais, a RDP teve
de instalar uma rede de feixes hertzianos de transporte de sinal. É uma rede
que teve sobretudo em linha de vista a distribuição do sinal DAB e que custou 4 milhões
de Euros. O
investimento total do projecto cifrou-se em cerca de 11 milhões e 500 mil Euros
inteiramente financiado pelos próprios meios da RDP, sendo
cerca de 8,5 milhões de euros para o continente, 1 milhão de euros para a
Madeira e 2 milhões para os Açores.
Encaminhamento
Diagramas de
Encaminhamento
Encaminhamento
·
anycast
·
unicast
No contexto
das redes
de computadores, o encaminhamento (pt) ou roteamento (pt-BR) de pacotes (em inglês: routing) designa o processo de reencaminhamento de pacotes, que se baseia
no endereço IP e
máscara de rede dos mesmos. É, portanto, uma operação da terceira camada
(camada de rede) do modelo OSI.
Este processo
pressupõe uma tabela de encaminhamento (tabela de routing) em cada roteador que
descreve o caminho percorrido por uma mensagem desde o ponto de origem até ao
seu ponto de destino, parecida com a seguinte:
Rede
|
Máscara
|
Nexthop
|
192.168.20.0
|
255.255.255.0
|
192.168.0.254
|
*
|
-
|
213.12.123.133
|
Máscara de rede
A máscara
de rede especifica a gama de IPs (domínio
de colisão) que pode ser abrangida por um determinado
endereço, e é especialmente necessária no processo de encaminhamento (routing). Ainda, com simples
cálculos, pode-se gerir eficientemente o espaço de endereçamento disponível, o
que nos primeiros tempos da existência da Internet era
muito importante, já que os endereços eram alugados em grupos.
A notação
formal de uma máscara de rede é o formato típico de um endereço IP e,
aplicada com uma operação AND sobre
um endereço IP, devolve a rede a que este pertence. Por exemplo,
192.168. 20.5 =
11000000.10101000.00010100.00000101
& 255.255.255.0 =
11111111.11111111.11111111.00000000
------------- -----------------------------------
192.168. 20.0 =
11000000.10101000.00010100.00000000
Ou seja, o
IP 192.168.20.5 pertence, aparentemente, à rede 192.168.20.0. Para simplificar
a representação, na notação CIDR a
máscara de rede acompanha o IP especificando o número de bits '1' contíguos, separada
por uma barra '/'. Por exemplo, a rede anterior podia ser representada como
192.168.20.0/24.
O espaço de
endereçamento também é ditado pela máscara de rede, e é equivalente à negação
dos seus bits a '0', excetuando o primeiro e último endereço (endereços de rede
e broadcast,
respectivamente). Por exemplo, uma máscara de 255.255.255.192 irá
disponibilizar 62 endereços.
Gestão do espaço de endereçamento
A utilização
da máscara de rede foi particularmente útil numa altura em que era comum
alugar-se blocos de endereços IP. Os operadores tinham, assim, que distinguir
nos seus routers cada um desses blocos, e isso era feito através da máscara de
rede.
Suponha-se
que dispomos dos seguintes endereços: de 192.168.10.0 a 192.168.10.255, e que
existem 5 clientes interessados. Os requisitos de cada um deles são:
Cliente
|
Quantidade
|
A
|
65
|
B
|
24
|
C
|
4
|
D
|
6
|
E
|
12
|
Ora, pelas
nossas contas, vamos precisar de 65+24+4+6+12=111 endereços, e vamos ter que
organizar a nossa rede em função dos blocos associados.
·
Para A vamos precisar de 65
endereços. Como os blocos funcionam em potências de 2, iremos reservar uma rede
de 128 endereços.
·
Para B será suficiente uma de
32.
·
Para C deverá ser uma rede de
8, já que os 4 oferecidos pelo bloco imediatamente inferior corresponderiam, na
verdade, a 2 endereços utilizáveis.
·
Para D idem — uma rede de 8.
·
Para E seria necessário uma
rede de 16 endereços.
Vamos
verificar as contas: 128+32+8+8+16=192<256, pelo que podemos satisfazer
todos os clientes com a nossa pequena rede. Em termos de divisão,
Rede A: 192.168.10. 0 / 25 = 255.255.255.128 (0-127)
Rede B: 192.168.10.128 / 27 =
255.255.255.224 (128-159)
Rede C: 192.168.10.160 / 29 =
255.255.255.248 (160-167)
Rede D: 192.168.10.168 / 29 =
255.255.255.248 (168-175)
Rede E: 192.168.10.176 / 28 = 255.255.255.240 (176-191)
Pelas contas
anteriores e olhando para a nossa divisão, sabemos que o IP 192.168.10.163/29
iria pertencer ao cliente C. Vamos verificar:
192.168. 10.163 =
11000000.10101000.00001010.10100011
& 255.255.255.248 =
11111111.11111111.11111111.11111000
--------------- -----------------------------------
192.168. 10.160 =
11000000.10101000.00001010.10100000
e que o IP
192.168.10.169/29 iria pertencer ao cliente D:
192.168. 10.169 =
11000000.10101000.00001010.10101001
& 255.255.255.248 =
11111111.11111111.11111111.11111000
--------------- -----------------------------------
192.168. 10.168 =
11000000.10101000.00001010.10101000
E também
podemos verificar que ainda nos sobra espaço para uma rede de 64 endereços.
Esta rede é o subespaço que sobrou das contas anteriores: 192+64=256! Já agora,
podemos facilmente deduzir que a rede seria 192.168.10.192/26
Roteamento estático
O roteamento
estático normalmente é configurado quando uma tabela de roteamento estático é
construída manualmente pelo administrador do sistema. Tabelas estáticas não se
ajustam automaticamente à alterações na rede, portanto devem ser utilizadas
somente onde as rotas não sofrerem alterações. Algumas vantagens do roteamento
estático são melhor controle e segurança obtida pela divulgação somente das
rotas necessárias e também a redução do broadcast, multicast ou unicast
flooding introduzidos na rede pela troca de mensagens dos protocolos de
roteamento dinâmicos como OSPF,
IS-IS, RIP e EIGRP.
Roteamento dinâmico
A maioria
dos sistemas usa um algoritmo determinístico roteamento dinâmico: Quando um
dispositivo escolhe um caminho para um destino final específico, ele sempre
escolhe o mesmo caminho para esse destino até receber informações que o façam
pensar que outro caminho é melhor. Alguns algoritmos de roteamento não usam um
algoritmo determinístico para encontrar o "melhor" link para um pacote
ir da fonte original até o destino final.
Em vez
disso, para evitar congestionamentos nos sistemas comutados ou pontos de acesso
à rede nos sistemas de pacotes, alguns algoritmos usam um algoritmo aleatório -
o paradigma de Valiant - que direciona o caminho para um destino intermediário
escolhido aleatoriamente e daí para seu verdadeiro destino final.
Redes com
mais de uma rota possível para o mesmo ponto devem utilizar roteamento
dinâmico. Uma tabela de roteamento dinâmico é construída a partir de
informações trocadas entre protocolos de roteamento, desenvolvidos para
distribuir informações que ajustam rotas dinamicamente para refletir alterações
nas condições da rede. Protocolos de roteamento podem resolver situações
complexas de roteamento mais rápida e eficientemente que o administrador do
sistema. Em redes onde existem várias alternativas de rotas para um destino,
podem ainda trocar para uma rota alternativa quando a rota primária se torna
inoperável e para decidir qual é a rota preferida para um destino.
Anycast
Diagramas
de
Encaminhamento
Encaminhamento
·
anycast
·
unicast
Anycast é uma forma de encaminhamento onde os dados são distribuídos “ao
destino mais próximo” ou “melhores” definido pelo roteamento da rede. Compare
com unicast, broadcast e multicast.
·
No unicast, há uma associação
um-para-um entre o endereço de origem e endereço destino.
·
Na broadcast e no multicast,
há uma associação um-para-muitos entre endereços de rede e endpoints de rede:
cada endereço de destino identifica um jogo dos endpoints do receptor, a que
toda a informação replicada.
·
No anycast, há também uma
associação um-para-muitos entre endereços de rede e servidores de rede: cada
endereço de destino identifica um jogo de endpoints do receptor, mas somente um
deles é escolhido em todo o tempo dado para receber a informação de qualquer
remetente dado.
Na Internet,
o anycast é executado geralmente usando o BGP para anunciar
simultaneamente à mesma faixa de endereço IP do destino de muitos
lugares diferentes na Internet. Isto resulta nos pacotes dirigidos aos
endereços de destino nesta escala que está sendo distribuída ao ponto “o mais
próximo” na rede que anuncia o IP address dado do destino.
O anycast é
muito utilizado por serviços de CDN (optimização de
websites) e empresas que oferecem proteção contra ataques distribuídos (DDOS),
por permitir a eles distribuir o tráfego em vários datacenters e países.
No passado,
anycast era mais utilizado para protocolos connectionless (construídos geralmente sobre UDP), mas
atualmente é utilizado para TCP também via middle proxies.
Broadcasting (rede de
computadores)
Em telecomunicações e teoria
da informação, broadcasting (do inglês to broadcast, "transmitir")
é um método de transferência de mensagem para todos os receptores
simultaneamente. O broadcasting pode ser realizado como uma operação de alto
nível em um programa, por exemplo broadcasting Message
Passing Interface, ou pode ser uma operação de
rede de baixo nível, por exemplo broadcasting sobre Ethernet.
Comunicação todos para todos é um método de comunicação de computadores no qual
cada emissor transmite mensagens para
todos os receptores dentro de um grupo. Isto contrasta com o método ponto a
ponto no qual cada emissor comunica-se com um receptor.
Multicast
·
anycast
·
multicast
·
unicast
Multicast (também referido como Multicast
IP) é muitas vezes usado para se referir a um “broadcast multiplexado”.
Multicast é
a transmissão de informação para múltiplos destinatários simultaneamente,
usando a estratégia mais eficiente, onde as mensagens só passam por um link uma
única vez e somente são duplicadas quando o link para os destinatários se
divide em duas direções. Em comparação com o Multicast, a entrega simples ponto-a-ponto é
chamada de Unicast, e a
entrega para todos os pontos de uma rede chama-se Broadcast.
A palavra
Multicast é tipicamente associada com Multicast IP, que é um protocolo que transmite
pacotes eficientemente para múltiplos pontos distintos, ao mesmo tempo, em
redes TCP/IP, usando
um endereço Multicast[1]. È
comumente associado com aplicações de áudio/vídeo, por
exemplo, Protocolo RTP.
Mas existem
outros protocolos na Internet que implementam o conceito Multicast. O ATM, por
exemplo, possui mecanismos para conexões ponto-para-multiponto ou
multiponto-para-multiponto. Esse modelo geralmente assume que as estações
participantes de uma comunicação sejam conhecidas com antecedência, de modo que
árvores de distribuição possam ser geradas e recursos possam ser alocados pelos
elementos da rede. O Multicast IP foi descrito pelo Arquiteto de Internet Dave
Clark: “Você coloca pacotes de um
lado e a rede conspira para entregá-los a qualquer um que os peça.”.
Apesar IP
ter um modelo conceitual bastante convincente, este demanda muito mais
recursos, equipamentos e processamento na rede do que o modelo Unicast “best effort”
ponto-a-ponto, o que tem gerado muitas críticas. Porém, ainda não foi
apresentado nenhum mecanismo que permita ao modelo de Multicast IP ser aplicado
a uma escala de milhões de pontos e/ou milhões de grupos multicast como seria
de fato necessário para que as aplicações multicast em geral se difundam na
Internet comercial. Até 2003, a maioria dos esforços para
escalonar o multicast para grandes redes têm se concentrado no simples caso
onde temos uma única fonte multicast, o que parece ser mais “tratável”,
computacionalmente falando.
Por esta
razão e por motivos econômicos, o Multicast IP não está muito em uso na
Internet comercial. Outras tecnologias Multicast, que não são baseadas no
Multicast IP, são bem populares, tais como o Internet Relay Chat e
o PSYC. Elas podem
não ser tão elegantes como o Multicast IP, mas são pragmáticas e funcionam
melhor para grandes quantidades de pequenos grupos.
Entretanto,
algumas comunidades dentro da Internet pública fazem uso regular do Multicast
IP (pesquise a Mbone por
exemplo), sendo também muito usado em aplicações especiais em redes
IP privadas e na Internet2 –
a RNP é um
exemplo disso no Brasil. Multicast local, onde pacotes são enviados para grupos
de hosts no mesmo “Data Link Layer”
físico ou virtual, não requer roteamento muito complexo, e é portanto muito
mais utilizado. Usa-se, por exemplo, no IPv6, para resolução de nomes e
endereços, e em redes zeroconf para
descobrir serviços, resolução de nomes e resolução de conflitos de endereços,
substituindo protocolos broadcast ineficientes.
A
conferência por Multicast IP foi apresentada inicialmente em maior escala
quando foi usada para transmitir varias sessões do 23º IETF em Março de 1992
para pesquisadores e observadores ao redor do mundo. Desde então, seções
especiais da IETF tem sido transmitidas
por Multicast via MBONE e
redes Multicast privadas.
A segurança
no Multicast é um dos maiores problemas então. Soluções de comunicação segura
comuns, geralmente empregam criptografia simétrica. Mas aplicá-la ao tráfego
Multicast IP permitiria qualquer um dos destinatários multicast posar como o
remetente. Isso é claramente inaceitável. O grupo MSEC do
IETF, está desenvolvendo protocolos de segurança para resolver este problema,
com base na arquitetura do protocolo IPsec. O IPsec não
pode ser utilizado no cenário Multicast pois, em suma, supõe-se que haja
somente um remetente e um destinatário. O IETF propôs então um novo protocolo,
o TESLA, que está
se mostrando muito convincente e flexível para o ambiente Multicast seguro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário